Palavralgia
Muita gente me pergunta o que quer dizer Palavralgia. É muito simples. Palavralgia significa "dor da palavra". Este termo não existe em dicionários porque foi inventado para expressar o meu sentimento em relação à escrita.

E por que esse nome como título de um livro de crônicas? Porque sempre fiz da folha de papel em branco um divã. Creio que ninguém vá para o divã porque está feliz. Escrevo porque sou um ser cheio de questionamentos, dúvidas, receios, medos, infinitas dificuldades e tudo mais. É por isso que recorro ao "divã", para me desmanchar toda em palavras sobre o papel em branco, o qual chamo de "espaço de me expor", apesar de nem tudo estar completamente exposto, pois é preciso haver também a fundamental e indispensável participação do leitor, no que diz respeito ao mergulho neste "caldo escaldante" todo, para fazer suas próprias reflexões e descobertas.

Palavralgia é um espaço de reflexão acerca do mundo, seus habitantes e a relação que se estabelece entre eles. Neste espaço, não existe qualquer distanciamento entre o mundo e o narrador (ou o eu-lírico). Pelo contrário, mais do que em qualquer outro lugar, o "eu" está completa e totalmente inserido, rolando misturado junto com tudo que existe dentro deste liquidificador gigante que é o mundo. É onde busca, incessantemente, sua posição, situação e direcionamento diante de si mesmo, dos outros e desse imenso processador que é o mundo. A mistura resultante, só cada um, individualmente poderá avaliar.

No meu entendimento, não existe literatura sem questionamento, sem perplexidade, sem dúvida, sem sentimento, sem dor.
Palavralgia


Eu sou!
Tudo por um cabelo esticado na chapinha e os olhos bem delineados. Batom, eu gosto dos bem suaves e brilhosinhos.
Estas são armas infalíveis para enfrentar a vida.
Na hora cinzenta, nada como blush tom bronzeado e sombra douradinha brilhante, trazida da Europa pela amiga de muitas horas.
Rimel é o poder, aconselha outra grande amiga! Levanta a autoestima. Simplesmente, não dá mais para viver sem rimel! Qualquer olhinho caído toma ares de felicidade!
Por falar em felicidade, o caminho passa aqui perto. Mas, se a tristeza persistir, corretivo nela, cor da pele para debaixo dos olhos, peito estufado e é vida que segue. Não dá para deixar a peteca cair.
Falando em peteca, lembrei-me de pular corda. Este foi conselho médico: pular corda todos os dias para suar bastante e renovar as energias. Não deixar a peteca cair também faz o mesmo efeito, melhor ainda se um parceiro (a) entrar na brincadeira para ajudar com a peteca. Mas se ela cair, pega ela, joga para cima e começa de novo.
O poder redobra no salto. Nada de cabeça baixa; sobe no salto, mesmo que num saltinho, que tudo toma outra perspectiva.
É sempre providencial ter um amigo ao alcance da mão, ou melhor, do celular, rir bastante de bobagens e nunca se esquecer de retocar a maquiagem.
Tristeza, diz a poeta, não tem pedigree, mas a vontade de alegria tem raízes profundas.