Publicação de 2014

Palavralgia é um livro de crônicas entremeado de poesia onde é apresentada a reflexão sobre dois mundos: o íntimo e o plural. O termo “palavralgia”, que significa “dor da palavra”, foi inventado para expressar sentimentos e dar título à obra.

As temáticas abordadas fazem referência às "dores do mundo", "da alma" e "de amores".

Sobre as "dores do mundo", podem ser encontradas crônicas relativas, por exemplo, à violência, à discriminação, à desigualdade e à exclusão social, que são as maiores mazelas do nosso mundo.

No que diz respeito às  "dores da alma",  este tema aborda questões como o medo, uma das maiores dores da nossa alma. 

Já em relação às "dores de amores", escrevo sobre as minhas. Cada um sabe as suas, mas acaba que ficamos muito parecidos porque passamos pelas mesmas experiências. Por isso, os textos propiciam muita identificação.



Publicação de 2016

Talvez o leitor possa considerar que o título desta obra sugira que alguém necessite desfazer-se de alguma coisa. A licença poética, contudo, permite-me transformar o substantivo “livro” em verbo. Neste caso, o verbo “livrar-se” toma para si o sentido do substantivo e deixa de significar desfazer-se ou tornar-se livre de alguma coisa, passando a exprimir a ideia de transformar-se em livro.

Esta é a minha segunda coletânea de crônicas. Penso que agora estou definitivamente me livrando, isto é, traduzindo, cada vez mais, ideias em palavras, transformando-as em livros. Quando faço este movimento – que se inicia de fora para dentro, mas que só se concretiza quando ponho para fora reflexões em palavras escritas – livro-me. As ideias estão dentro de mim, porém, quando livro-me, não me pertencem mais, ganham mundo, vão viajar por onde nem se pode imaginar, passando por tantos outros pensamentos.

Contudo, eu também acabo me livrando, no sentido literal, tornando-me mais leve, quando faço materializarem-se, no papel em branco, sentimentos relacionados às dores do mundo, da alma e de amores de que falava no livro anterior..

Livro-me quando ponho a esburacada alma para fora. Só a sutil substância, de que é formada a imaginação, é passível de preenchê-la, transformando o que é oco em algo um pouco substancial.

Então, em vez de pedir a Deus que me livre, digo “Deus me livro”, doando, assim, um pouco de alma, uma pequena contribuição, com aquilo que mais gosto de fazer: livrar-me.

Então, livrai-me, Senhor!




Publicação de 2017

Este livro é constituído de cinco contos que procuram decifrar a incessante busca do “eu” em sua trajetória no mundo e sua publicação deve-se à concessão de um habeas corpus aos originais que, há muito, se encontravam aprisionados na gaveta. O intuito é fazer, através da ficção, um estudo sobre a realidade: Como se processa a movimentação íntima do Ser? Quais são seus desejos, vontades e aspirações? Como lida com medos, dúvidas, perdas, frustrações e limitações? Quais são suas necessidades, carências e escolhas? E se fosse possível fazer diferente?

Este trabalho é, assim, um questionamento particular que visa à pluralidade. Tem a intenção de contar histórias, com sentimento e delicadeza, sobre os movimentos do “eu” no mundo em relação a si mesmo, a pessoas e coisas.

Assim é (sou) o “eu”: um ser no seu mundo e, ao mesmo tempo, no mundo de todo mundo.

A partir de experiências e reflexões acerca das relações que se estabelecem entre as partes e o todo é que se vai construindo este grande espelho em que cada um pode estar refletido. Além do Muro da Estrada é um convite a pensar além.

Cada conto tem duas histórias: uma linear que pode ser compreendida facilmente através do fio narrativo e outra que está contada por meio das metáforas apresentadas ao longo da escrita. É preciso mergulhar para acessar os dois universos, conjugá-los e fazer melhor proveito do texto.